quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mato Grosso do Sul registra suicídio de um índio a cada dez dias

Uma situação lastimável, que exige uma política de valorização dos índios por parte dos governantes e da sociedade como um todo.


Mato Grosso do Sul registra suicídio de um índio a cada dez dias

Cleide Carvalho, O Globo

SÃO PAULO - Seis índios guarani-kaiowá se suicidaram só este ano no Mato Grosso do Sul, elevando para 40 o número de suicídios de integrantes da etnia no estado, entre janeiro de 2008 e fevereiro deste ano, registrados pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Outros 45 foram assassinados no período, três deles este ano. O número de suicídios é alarmante: uma morte a cada 10 dias. O último caso foi o de um jovem de 19 anos, que se enforcou em fevereiro dentro da Usina Quebra-Coco, no município de Sidrolândia, a 90 km de Campo Grande. P.G, achado morto pelo sogro, é um dos 18 jovens da aldeia, com até 20 anos de idade, que tiraram a própria vida de janeiro de 2008 para cá.


- A gente não foi preparado para enfrentar essa pressão - diz Anastácio Peralta, integrante da etnia e líder índigena.


A população de índios no Mato Grosso do Sul é a segunda maior do país, atrás apenas do Amazonas. Cerca de 70 mil índios vivem no estado, dos quais 40 mil são guarani-kaiowá. A maior parte dos suicídios - e dos assassinatos - ocorre na aldeia Bororó, em Dourados, a 225 km de Campo Grande, onde cerca de 13 mil índios vivem confinados num espaço de 3.500 hectares, sem condições de plantio. Com pouco espaço e a mistura de famílias numerosas que antes viviam em outras áreas do estado, a aldeia se assemelha a um caldeirão prestes a explodir.


A situação dos índios em Mato Grosso do Sul foi classificada como a mais trágica e preocupante do país em documento divulgado neste fim de semana pela 47ª Assembléia da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Segundo o documento, 213 casos de demarcação de terras indígenas no país, de um total de 846 catalogadas pelo Cimi, sequer tiveram iniciados os processos legais de tramitação. "Se não forem tomadas medidas imediatas, mais um genocídio chegará a se consumar em pleno século XXI", diz o documento sobre a situação dos guarani-kaiowá.


- Os suicídios são consequência do desespero. Os índios estão confinados num espaço pequeno, onde não conseguem sobreviver. É preciso que as autoridades parem de empurrar com a barriga as discussões em torno do assunto, inclusive a aprovação do Estatuto do Índio - diz Erwin Kräutler, presidente do Cimi e bispo do Xingu.


Na semana passada, uma índia de apenas 13 anos de idade, grávida de seis meses, foi resgatada de um cativeiro onde era mantida por dois índios, um deles de 70 anos. Não se sabe ainda quem engravidou a menina. O índio Anastácio Peralta diz que a aldeia já não abriga apenas índios guarani-kaiowá ou terenas, agrupados todos num único espaço, mas homens que vivem na região e acabam se casando com as jovens das tribos.


Egon Heck, coordenador do Cimi em Dourados, conta que o alcoolismo e a violência são crescentes, decorrentes da falta de perspectivas do povo guarani-kaiowá.


- Em agosto passado, a Funai designou uma equipe para percorrer e identificar as áreas que pertencem aos índios e estão ocupadas por grandes fazendas produtoras de soja e cana-de-açúcar, mas ela enfrenta a resistência dos empresários, que recorrem à Justiça para impedir a entrada dos integrantes da comissão - diz Heck.


No total, cerca de 30 mil hectares do estado são áreas ocupadas por índios, mas a disputa por terras é diária.


Segundo dados do governo do estado do Mato Grosso do Sul, atualmente 14 usinas de açúcar e álcool estão operando. Até 2015, serão mais 28 unidades industriais em funcionamento. Uma das últimas a receber incentivos do governo do estado, a Usina Terra Verde Bioenergia, de Nova Andradina, anunciou produção plena em 2011 e capacidade para moagem 3,5 milhões de toneladas de cana ao ano.


Assim como o jovem P.G, centenas de índios têm se submetido a trabalhar nas usinas de cana-de-açúcar para sobreviver. A situação, porém, repete até hoje o estigma dos índios no descobrimento do Brasil:
- Os fazendeiros acusam a gente de preguiçoso, dizem que a gente não sabe trabalhar igual a eles. Dizem que a gente atrapalha o progresso. A gente trabalha para sobreviver. Na aldeia, planta mandioca e milho, mas falta espaço - explica Peralta.


De acordo com Heck, no município de Antonio João, na fronteira com o Paraguai, as terras indígenas já demarcadas somam 9.300 hectares. No entanto, cerca de 700 índios vivem num espaço de 100 hectares, já que os empresários brigam na Justiça pela posse. Estes índios foram despejados em 2005 da reserva Ñande Ru Marangatu por uma liminar do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, num mandado de segurança movido pelo pecuarista Pio Silva e mais 15 pessoas que detinham título de propriedade terra na área demarcada. Os 100 hectares só foram cedidos depois que os índios passaram seis meses acampados à beira da MS-304, que corta a cidade. Durante este período, o acampamento foi atacado e um índio foi morto.


Um levantamento realizado pela Procuradoria Regional da República da 3ª Região (PRR-3) indica que 87 processos envolvendo disputa de terras indígenas tramitam no Tribunal Regional Federal (TRF-3), em fase de recurso. As ações são movidas por fazendeiros que tentam impedir a demarcação de territórios indígenas pela Funai. Nos processos, eles pedem que a Justiça reconheça a posse de terra em favor de fazendeiros ou declare que suas fazendas não foram tradicionalmente ocupadas pelos índios.


Sem solução à vista, a situação tende a se agravar, alerta o bispo Erwin Kräutler.


A aldeia Bororó está cercada por plantações de cana e soja. Segundo o índio Peralta, que integra o Conselho Nacional de Política Indigenista, os índios querem que seja apressada a identificação de áreas ocupadas por seus antepassados, para que parte delas retornem às etnias.


- Nossa situação é pior do que a dos sem-terra. A gente não tem a luta no modelo do branco, fica esperando, esperando... Queria que a Justiça tivesse um olhar para a gente, respeitasse nosso direito. Aqui não se respeita, dizem que a gente só dá prejuízo - lamenta Peralta, referindo-se às ocupações dos sem-terra.


Aos 48 anos, pai de três filhos, avô de três netos, Peralta diz que seu filho mais velho já vive a nova realidade e trabalha numa usina da região. Engajado no movimento indígena, ele hoje cursa Pedagogia, mas toca roça numa aldeia das aldeias sul-matogrossenses, no Tiju.


Peralta reconhece que, fora a desesperança, a violência assola as comunidades indígenas do estado e pede parceria da Polícia Federal para aumentar a segurança nas aldeias, afastando os traficantes de drogas.


- O cacique não dá mais conta. Hoje o índio cumpre pena, no modelo do branco. Mas quem vai cumprir pena na sociedade do branco sai pior. Preferia uma punição que recuperasse, na família. Antes, quando o índio errava, tinha de rezar, trabalhar na roça, cantar à noite, carpir e seguir o conselho dos mais velhos. Agora, não resolve mais, a cultura foi enfraquecida - admite.


Fonte: http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/04/27/mato-grosso-do-sul-registra-suicidio-de-um-indio-cada-dez-dias-755455218.asp

terça-feira, 14 de abril de 2009

Doenças Imaginárias



Somos defrontados com freqüência por aflitivo problema cuja solução reside em nós.

A ele debitamos longas fileiras de irmãos nossos que não apenas infelicitam o lar onde são chamados à sustentação do equilíbrio, mas igualmente enxameiam nos consultórios médicos e nas casas de saúde, tomando o lugar de necessitados autênticos.

Referimo-nos às criaturas menos vigilantes, sempre inclinada ao exagero de quaisquer sintomas ou impressões e que se tornam doentes imaginários, vítimas que se fazem de si mesmas nos domínios das moléstias-fantasmas.

Experimentam, às vezes, leve intoxicação, superável sem maiores esforços, e, dramatizando em demasia pequeninos desajustes orgânicos, encharcam-se de drogas, respeitáveis quando necessárias, mas que funcionam a maneira de cargas elétricas inoportunas, sempre que impropriamente aplicadas.

Atingido esse ponto, semelhantes devotos da fantasia e do medo destrutivo caem fisicamente em processos de desgastes,cujas as conseqüência ninguém pode prever, ou entram, modo imperceptíveis para eles, nas calamidades sutis da obsessão oculta, pelas quais desencarnados menos felizes lhes dilapidam as forças.

Depois disso, instalada a alteração do corpo ou da mente, é natural que o desequilíbrio real apareça e se consolide, trazendo até mesmo a desencarnação precoce, em agravo de responsabilidade daqueles que se entibiam diante da vida, sem coragem para trabalhar, sofrer e lutar.Precatemo-nos contra esse perigo absolutamente dispensável.

Se uma dor aparece, auscultemos nossa conduta, verificando se não demos causa à benéfica advertência da Natureza.
Se surge a depressão nervosa, examinemos o teor das emoções a que estejamos entregando as energias do pensamento, de modo a saber se o cansaço não se resume a um aviso salutar da própria alma, para que venhamos a clarear a existência e o rumo.

Antes de lançar qualquer pedido angustiado de socorro, aprendamos a socorrer-nos através da auto-análise, criteriosa e consciente.
Ainda que não seja por nós, façamos isso pelos outros, aqueles outros que nos amam e que perdem, inconseqüentemente, recurso e tempo valiosos, sofrendo em vão com a leviandade e a fraqueza de que fornecemos testemunhos.

Nós que nos esmeramos no trabalho desobssessivo, em Doutrina Espírita, consagremos a possível atenção a esse assunto, combatendo as doenças-fantasmas que são capazes de transformar-nos em focos de padecimentos injustificáveis a que nos conduzimos por fatores lamentáveis de auto-obsessão.

ANDRÉ LUIZ - ("Doenças Fantasmas") - (Do livro "Estude e Viva", F. C. Xavier e Waldo Vieira)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Visão Espírita da Páscoa



Marcelo Henrique Pereira (*)
http://aeradoespirito.sites.uol.com.br/A_ERA_DO_ESPIRITO_-_Portal/ARTIGOS/ArtigosGRs3/VISAO_ESPIR_DA_PASCOA_MH.html

Eis-nos, uma vez mais, às vésperas de mais uma Páscoa. Nosso pensamento e nossa emoção, ambos cristãos, manifestam nossa sensibilidade psíquica. Deixando de lado o apelo comercial da data, e o caráter de festividade familiar, a exemplo do Natal, nossa atenção e consciência espíritas requerem uma explicação plausível do significado da data e de sua representação perante o contexto filosófico-científico-moral da Doutrina Espírita.

Deve-se comemorar a Páscoa? Que tipo de celebração, evento ou homenagem é permitida nas instituições espíritas
? Como o Espiritismo visualiza o acontecimento da paixão, crucificação, morte e ressurreição de Jesus?

Em linhas gerais, as instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam situações específicas para “marcar” a data, como fazem as demais religiões ou filosofias “cristãs”. Todavia, o sentimento de religiosidade que é particular de cada ser-Espírito, é, pela Doutrina Espírita, respeitado, de modo que qualquer manifestação pessoal ou, mesmo, coletiva, acerca da Páscoa não é proibida, nem desaconselhada.

O certo é que a figura de Jesus assume posição privilegiada no contexto espírita, dizendo-se, inclusive, que a moral de Jesus serve de base para a moral do Espiritismo. Assim, como as pessoas, via de regra, são lembradas, em nossa cultura, pelo que fizeram e reverenciadas nas datas principais de sua existência corpórea (nascimento e morte), é absolutamente comum e verdadeiro lembrarmo-nos das pessoas que nos são caras ou importantes nestas datas. Não há, francamente, nenhum mal nisso.

Mas, como o Espiritismo não tem dogmas, sacramentos, rituais ou liturgias, a forma de encarar a Páscoa (ou a Natividade) de Jesus, assume uma conotação bastante peculiar. Antes de mencionarmos a significação espírita da Páscoa, faz-se necessário buscar, no tempo, na História da Humanidade, as referências ao acontecimento.

A Páscoa, primeiramente, não é, de maneira inicial, relacionada ao martírio e sacrifício de Jesus. Veja-se, por exemplo, no Evangelho de Lucas (cap. 22, versículos 15 e 16), a menção, do próprio Cristo, ao evento: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão. Porque vos declaro que não tornarei a comer, até que ela se cumpra no Reino de Deus.” Evidente, aí, a referência de que a Páscoa já era uma “comemoração”, na época de Jesus, uma festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi “aproveitar-se” do sentido da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o à “imolação” de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos.

Historicamente, a Páscoa é a junção de duas festividades muito antigas, comuns entre os povos primitivos, e alimentada pelos judeus, à época de Jesus. Fala-se do “pesah”, uma dança cultural, representando a vida dos povos nômades, numa fase em que a vinculação à terra (com a noção de propriedade) ainda não era flagrante. Também estava associada à “festa dos ázimos”, uma homenagem que os agricultores sedentários faziam às divindades, em razão do início da época da colheita do trigo, agradecendo aos Céus, pela fartura da produção agrícola, da qual saciavam a fome de suas famílias, e propiciavam as trocas nos mercados da época. Ambas eram comemoradas no mês de abril (nisan) e, a partir do evento bíblico denominado “êxodo” (fuga do povo hebreu do Egito), em torno de 1441 a.C., passaram a ser reverenciadas juntas. É esta a Páscoa que o Cristo desejou comemorar junto dos seus mais caros, por ocasião da última ceia.

Logo após a celebração, foram todos para o Getsêmani, onde os discípulos invigilantes adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão do Nazareno.

Mas há outros elementos “evangélicos” que marcam a Páscoa. Isto porque as vinculações religiosas apontam para a quinta e a sexta-feira santas, o sábado de aleluia e o domingo de páscoa. Os primeiros relacionam-se ao “martírio”, ao sofrimento de Jesus – tão bem retratado neste último filme hollyodiano (A Paixão de Cristo, segundo Mel Gibson) –, e os últimos, à ressurreição e a ascensão de Jesus.

No que concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade da mantença da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência, em virtude do apodrecimento e deterioração do envoltório físico. As Igrejas cristãs insistem na hipótese do Cristo ter “subido aos Céus” em corpo e alma, e fará o mesmo em relação a todos os “eleitos” no chamado “juízo final”. Isto é, pessoas que morreram, pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos e reaproveitados pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo as estruturas orgânicas, do dia do julgamento, onde o Cristo, separá justos e ímpios.

A lógica e o bom-senso espíritas abominam tal teoria, pela impossibilidade física e pela injustiça moral. Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério mais justo para aferir a “competência” ou a “qualificação” de todos os Espíritos. Com “tantas oportunidades quanto sejam necessárias”, no “nascer de novo”, é possível a todos progredirem.

Mas, como explicar, então as “aparições” de Jesus, nos quarenta dias póstumos, mencionadas pelos religiosos na alusão à Páscoa?

A fenomenologia espírita (mediúnica) aponta para as manifestações psíquicas descritas como mediunidades. Em algumas ocasiões, como a conversa com Maria de Magdala, que havia ido até o sepulcro para depositar algumas flores e orar, perguntando a Jesus – como se fosse o jardineiro – após ver a lápide removida, “para onde levaram o corpo do Raboni”, podemos estar diante da “materialização”, isto é, a utilização de fluido ectoplásmico – de seres encarnados – para possibilitar que o Espírito seja visto (por todos). Igual circunstância se dá, também, no colóquio de Tomé com os demais discípulos, que já haviam “visto” Jesus, de que ele só acreditaria, se “colocasse as mãos nas chagas do Cristo”. E isto, em verdade, pelos relatos bíblicos, acontece. Noutras situações, estamos diante de uma outra manifestação psíquica conhecida, a mediunidade de vidência, quando, pelo uso de faculdades mediúnicas, alguém pode ver os Espíritos.

A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa. Afinal, acredita-se que Jesus teria padecido em razão dos “nossos” pecados, numa alusão descabida de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para “nos salvar”, dos nossos próprios erros, ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em especial, os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso. A presença do “cordeiro imolado”, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e violência contra o “filho de Deus”, está flagrantemente aposta em todas as igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam – em cores vivas – as fases da via sacra.

Esta tradição judaico-cristã da “culpa” é a grande diferença entre a Páscoa tradicional e a Páscoa espírita, se é que esta última existe. Em verdade, nós espíritas devemos reconhecer a data da Páscoa como a grande – e última lição – de Jesus, que vence as iniqüidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que “permaneceria eternamente conosco”, na direção bussolar de nossos passos, doravante.

Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação, a vera evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, pôde Jesus retornar ao Plano Espiritual para, de lá, continuar “coordenando” o processo depurativo de nosso orbe. Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa ela ser encarada por nós, espíritas, como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.

Nesta Páscoa, assim, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de “sermos deuses”, “fazendo brilhar a nossa luz”.

Comemore, então, meu amigo, uma “outra” Páscoa. A sua Páscoa, a da sua transformação, rumo a uma vida plena.

(*) Marcelo Henrique Pereira, Mestre em Ciência Jurídica, Presidente da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Santa Catarina e Delegado da Confederação Espírita Pan-Americana para a Grande Florianópolis (SC)
http://www.abrade.com.br/pascoa.html